segunda-feira, 7 de julho de 2008

A Pirataria Na Escola

Hoje vê-se um grande apelo na mídia em geral, um movimento que prega “todos contra a pirataria”. Não é estranho, já que a própria afetada é quem move-se. É um apelo desesperado, de quem não agüenta mais ser roubado. Este é um problema realmente grave, já que inibe a criação artística de qualquer tipo. A mídia chegou a esse ponto porque sua grande inimiga chegou até a um lugar sagrado: a escola.


A escola é vista como uma instituição que, em importância para a formação do caráter, é inferior apenas à família. Nela é onde aplicam-se, primeiramente, os princípios básicos de ética que aprendem-se em casa, e em casa, os que aprendem-se na escola. Ao freqüentar um ambiente como esse, espera-se que a pessoa aprenda além de Português e Matemática, a ser crítico usando regras morais que estão de acordo com os bons costumes. Não é isso que vê-se hoje em dia. Um excelente exemplo são os professores, que sem nenhuma dor na consciência, tiram xerox de partes ou livros inteiros sem a permissão do autor – algo inaceitável. Muitas vezes, os mesmos quando interpelados, negam-se a assumir o erro (melhor dizendo, o crime), ou mesmo usam de argumentação fajuta para justificar tal prática. O argumento mais comumente utilizado é o “Faço isso porque os alunos não têm condições de comprar o livro”, com isso, quando o aluno não tiver um carro, vai roubar o primeiro que aparecer na frente, afinal, ele não tem condição de comprar um.


Isso é gravíssimo, uma instituição que molda as pessoas para a vida, mostra para elas que não há problema em infringir a lei em caso de necessidade, algo que é absurdamente errôneo. Como explicar a uma pessoa que não deve-se roubar, se quem explica, rouba? O velho ditado “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço” não é válido.

Há muitas alternativas para evitar a pirataria dentro da escola – assim como há muitas para evitar o assassinato. Uma delas seria o professor redigir sua própria apostila. O direito autoral seria dele, o direito de distribuição seria dele, assim nenhuma lei seria ferida e a ética seria mantida. Outra solução também plausível seria a obtenção de direito de cópia do material utilizado. Muitos autores hoje em dia liberam suas obras para cópia por um custo muito inferior ao livro pronto, desde que o próprio comprador forneça o material necessário (ou ele mesmo faça a cópia). Isso tudo também é válido para os DVD's de vídeo-aulas, é sempre melhor comprar um original que dura muito mais tempo, tem garantia e anima ao produtor a continuar fazendo material de qualidade do que um pirata, que estraga fácil e prejudica a todos.


Quem sabe, após ler isso, alguém perceba o quão condenável essa prática é.

Bem, se você tem opinião e acha alguma coisa, comente!

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